segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Conhece-te a ti mesmo (como se fosse fácil!)

Hoje, no centro (sim, tão cedo, puf), uma menina de uns 15 anos me parou para perguntar pelo endereço tal. Depois que respondi, ela comentou, toda empolgada: “Que bom que é perto! Vou a uma agência de modelos, sabe?” Fiquei com aquilo na cabeça. É que... a menina não tinha o biotipo de modelo. Ela era baixa, não muito magra, o rosto era meio assim... Bom, aí vai: ela não era bonita. Me perguntei: e se ela tentar ser modelo por anos? De que adianta determinação se não temos jeito pra coisa? Mas... Como saber se a gente é mesmo o que a gente acha que é?

Na estou falando só de profissão. Todos os seus namoros terminam por causa da sua histeria, mas você se acha zen? Ou, você teima que o mundo é injusto por te achar chata, quando, na verdade, você costuma ser chata? Nem sempre a gente tem noção das nossas qualidades e dos pontos que podemos melhorar (se desejamos fazer amigos, namorar, essas coisas da vida em sociedade). É difícil acertar na dose de autocrítica – ou a gente tem demais e vive se detonando, ou tem de menos e, mesmo não fazendo o estilo modelo, já está de malas prontas para a temporada em Milão.

Pra piorar a história, nossa autocrítica não costuma ser a mesma em áreas diferentes. Você pode duvidar do seu jeito pra desenhar, mas acha que ninguém manja tanto de, digamos, história da literatura francesa do século 19. Pra piorar ainda mais (desculpe, mas é dever do blogueiro inventar desdobramentos!), nem sempre acertamos em qual área arrasamos. Tipo: você é boa em história da literatura... Mas, espera, você desenha muito bem! Você não vê que pode se dedicar mais a isso e fazer sucesso? O ponto, sem querer voltar para o parágrafo anterior, é que é difícil conhecer nossos limites e nossas possibilidades.

Claro, sua mãe pode ajudá-la no seu autoconhecimento, assim como suas amigas. Mas não é suficiente. Se elas acham que todos os desenhos do mundo são parecidos, vai ser difícil avaliarem se você leva jeito pra coisa. Pode ser também que elas não queiram magoá-la. E pode ser que estejam ocupadas vendo novela. Sem querer dar uma de cdf, o prefixo de autocrítica, “auto”, significa que ela vem de você. Por mais que botem pilha no que você é/deixa de ser/faz, é daí de dentro que tem sair essa consciência. Então, tire essa consciência daí! Tire! Tire!

Calma, melhorar o autoconhecimento leva tempo. É um processo longo, mas que vale a pena: é mais fácil ser feliz e aproveitar as oportunidades quando a gente se conhece melhor, certo? Tenho muito mais noção do que terei daqui a dez anos. Como diz minha tia Rosa, o segredo é deixar o tempo passar, estar sempre aberta ao aprendizado e quebrar a cara algumas vezes! Tudo bem, confesso: minha tia nunca disse isso. Mas é uma conclusão legal, vai.

4 comentários:

  1. Niic, autoconhecimento é primordial para você conhecer suas capacidades e o alcance máximo de suas atitudes. A primeira impressão e descrição de você vem de você mesmo, mas claro, como disse, lembrando da autocrítica, afinal para os outros te reconhecerem pelo que é capaz, é preciso se autoreconhecer pelas suas qualidades.

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  2. É isso mesmo minha linda. Autoconhecimento é algo que a gente precisa, por exemplo, ao namorar um cara. Descobri que eu sou ciumenta pra caramba, e comecei a melhorar isso. Já ele, bem, isso é história pra outra hora. ;)

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  3. Bem pensado, é muito importante conhecer a si mesmo. Sun Tzu disse uma vez "Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas..."

    Sun Tzu é considerado um dos maiores estrategistas militares de todos os tempos, é o autor de "A arte da Guerra", famoso livro chinês sobre tácticas militares. Mas esse ditado, se for analisado plenamente, pode ser aplicado no dia-a-dia.

    O pensamento oriental é baseado nisso. Conhecer a si mesmo é um passo para vencer, entender e viver a vida.

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  4. conheço esse texto, copiou da revista capricho foi ? beijos fofa, sua sua fã :)

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