domingo, 10 de outubro de 2010

Sem medo do ridículo

Sem querer começar esse post contando detalhes da minha rotina, mas começando, ontem precisei tirar um raio X dos “seios da face” (também não sei o que é isso, mas fica no rosto). Bom, entrei na salinha e dei de cara com uma maca à minha frente. Até aí, nada demais. Então, veio um cara com as instruções: eu teria que me deitar de barriga pra baixo, com o queixo apoiado onde estava vermelho e a testa onde estava verde. E ficar um tempinho assim, sabe. Supernormal. Olhei se não tinha nenhuma câmera, tive uma crise de riso e, como o cara fez uma expressão de que não tinha o dia inteiro, fiz o que ele mandou. E fiquei pensando: pelo amor de Deus, eu tenho quase 15 anos. Já era pra eu ter me curado do medo do ridículo!

Afinal de contas, o que é mais ridículo? Aquela posição ou... uma pessoa que, por estar naquela posição, tem medo do ridículo? Não sei você, mas eu fico com a segunda opção. Ter medo do ridículo, muitas vezes, consegue ser mais ridículo do que a própria coisa que nos deu medo. Claro, não estou dizendo que ficar daquele jeito na frente de um estranho é divertido. Mas e daí? O cara do raio lá devia atender milhões de pessoas por dia (ok, não milhões, mas muitas!), nem vai se lembrar do meu rosto e, como a vida não é uma novela, eu não vou descobrir nos próximos dias que ele é meu pai verdadeiro e que a gente se conheceu naquela situação. Enfim, por que tanto medo? Por quê? Por quê?

Bom, se você acha que descobri por que, sinto lhe decepcionar. E, se você acha que, se eu tiver que fazer esse exame denovo, vou amar a experiência, também sinto muito. Na verdade, a única coisa que fiz, depois de conversar com amigas verdadeiras e imaginárias, foi mapear as situações nas quais eu me sinto ridícula e me dar pelo menos uma forma cientificamente comprovada de espantar esse sentimento. Ok, esqueça a parte do cientificamente comprovado. Tudo que eu quero é fugir daquela segunda opção que citei no parágrafo anterior, que concordamos que é ainda pior que a primeira (se você não concordou, desculpe). Quero serenidade! Quero a cura do medo do ridículo! Quero... Tá, vamos à lista, senão o post vai acabar.

  1. Em exames de raio X e posições estranhas em geral: os segredo é se concentrar na efemeridade do momento. Tudo é passageiro nessa vida, seu corpo logo voltará à posição normal... E você fará um pouco de exercício – olha que saudável!
  2. Situações em geral com estranhos: lembrem, eles são estranhos. Vocês nunca serão amigos. NUNCA. Esse argumento é especialmente válido para pessoas que moram em cidade grande.
  3. Roupa errada/dança errada/equívocos variados: o segredo é desviar a atenção do seu erro, focando na sua excentricidade. Vim de jeans no casamento, olha como sou louquinha! Em velórios, dou “parabéns” em vez de “meus pêsames” para descontrair o ambiente, hehe. Se não funcionar, apele para o número 4. Aliás, o número 4 pode ser usado em situações em geral.
  4. Situações em geral: imagine uma imagem na sua cabeça. A primeira que vier. Um coelho voando, mãos enrolando brigadeiro, uma cena de Passione. Fique concentrado nessa imagem até a situação passar. E boa sorte.

[Eu imagino coalas sambando]

6 comentários:

  1. coalas menina
    c ta doida/
    eu imagino... chuva *-*

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  2. é por essas e outras que eu tenho medo de tirar raio-x. UAHSU gostei do blog *-*

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  3. Oi flor, gerencio o blog Falando de livros e já estou te seguindo, parabéns pelo blog, bj

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  4. Eu era estranho e você virou minha amiga... cadê seu argumento agora? hahahahaha

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  5. Porque você imagina coalas sambando? Abraço.

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